quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

sob seus pés o céu também rachou

há alguns meses atrás, enquanto eu lamuriava a falta tua, tu me destes uma estrela do céu. me dissestes 'olhe para o céu e procure a estrela mais brilhante. vês? pois é um presente meu pra ti'. e assim eu me sentia mais perto, sempre que o via com tantas gotículas brilhantes ao redor da nossa, fervendo lá em cima, ameaçando desabar a qualquer segundo. não suficiente, ontem mais uma vez tu me destes estrelas. dessa vez uma constelação inteira, as quais eu pude tocar com as mãos nas tuas. uma constelação que agitava-se sob nossos pés, mudando de lugar quase sem o acompanhar dos nossos olhos. fiquei eufórica, meu amor, eu extasiava por dentro e me alagava inteira. meu coração tinha explodido.
creio que tu querias me devastar em felicidade, pois como se não bastasse, tu me destes a lua no estado mais lindo que eu já pudera ter visto. te retribuí com meus mascotes que alimento lá dentro desde muito pequena. tudo que sempre quiséramos dividir com alguém que o merecesse, pequena, e agora o temos. tu me tens, eu te tenho. e até o que nem pensávamos que pudéssemos ter, nos demos: o campo dos sonhos estourando, não cabendo em si por toda aquela multidão que éramos nós duas, a escuridão, as estrelas de cima, as estrelas debaixo, os mascotes, a lua obesa que se agarrava ao céu, e o nosso amor. o nosso amor, que ocupava cada centímetro quadrado. as pessoas ficavam cada vez mais distantes, a anos-luz da nossa bolha que crescia e crescia e espremia-os lá fora. nós nos roubamos mutuamente do mundo.
nunca antes eu ousara abusar de todos os sentidos ao mesmo tempo. nunca antes eu vira/sentira tudo tão bonito. nunca antes eu fora tão feliz, meu amor. tu me destes coisas as quais eu não esquecerei, te prometo. foram as melhores horas que poderíamos ter tido, e tivemos. não suficientes, já que nos confessamos em sussurros suficiente ser nada menos que a vida inteira, mas eu te garanto que as mais incríveis que se fizeram possíveis.
queria poder guardar tudo que senti contigo num vidro, mon core, mas não posso. o que posso é guardá-las cuidadosamente na minha melhor gaveta. aquela que te falei que eu mesma fiz, lembra? com papel e madeira e memórias – só nossas.
por mais que eu escreva e escreva e fale e sussurre e grite, não me caberão em palavras o quanto te amo ou quão feliz tu me faz. não, querida, não briguei com elas mais uma vez, é só que, como já te disse, essas coisas tão tão grandes que tu me faz sentir não cabem em coisinhas tão tão pequenininhas que elas são.
ainda assim, insisto em dizer que te amo, meu grande amor. mais que qualquer coisa, mais que todas as coisas, mais do que 'amor' possa significar. tu estoura meu peito em dosagens desmedidas do teu amor, me afogando no melhor que eu poderia sentir.

te juro amor eterno, minha bruna. amor eterno.

3 comentários:

bruna f. disse...

tu me terá para sempre, luíza. tua bruna.

gica beerhouse disse...

completas, só em olhar de longe...
o último romance.

Ferdi disse...

Amor maior que o mundo, que coisa linda!

E me importa e alegra muito, se virares minha leitora. :)

Gostei de como escreves, mesmo!

Um beijo, aliás, dois.